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FarmReport PMB – Abr-25 – Estudo Fertilizantes

Nesse Report vamos comparar os preços das principais matérias-primas no mercado internacional frente ao preço de importação pelo Brasil e o valor praticado no varejo (estudo ainda em refinamento, considerando um formulado de referência: 10-20-10) para o Rio Grande do Sul. Esta metodologia deve ser aprimorada, com o desenvolvimento de um índice preço de fertilizantes PMB, a ser ponderado e comparado com outros mercados e regiões, conforme interesse da empresa. Esse trabalho está sendo discutido e iremos apresentar apenas o conceito nesse Report.
Comparativo: nitrogenados (base ureia)

Consideramos a ureia como referência de comportamento de preço por ser o principal produto importado, em quantidade (para o grupo de nutriente, lembrando que o cloreto de potássio é a matéria-prima mais consumida no País), o que permite uma maior acurácia para acompanhamento da tendência de valores para esse grupo de fertilizante.

O preço médio (FOB) de importação da ureia, acompanha o valor da matéria-prima em uma das principais referências mundiais (Ucrânia / Mar Negro), apesar dos descolamentos pontuais, como em março de 2024 (algo não muito frequente). Isso reforça o fato que a análise do preço (FOB) de importação, considerando o mercado do Brasil, é uma boa referência quando avaliamos o mercado internacional como um todo.

Apesar do preço de importação (FOB) da ureia pelo Brasil, em março de 2025, superar o preço de referência no mercado internacional, na média dos 3 primeiros meses do ano, o valor de compra pelo Brasil aumentou menos que o valor da ureia no mercado internacional. Veja que o preço médio (Ucrânia / Mar Negro) no 1º trimestre de 2025 foi e USD403,8 por tonelada, valor 19,4% acima do observado em 2024 (ano completo). Na mesma base de comparação, o preço de importação da matéria-prima pelo Brasil subiu menos, 9,9%, variando de USD322,2 a USD354,4 por tonelada. Esse “ganho” também reflete uma maior diversificação, negociação e poder de barganha do Brasil em outros mercados além da referência apresentada, apesar do ganho limitado já que estamos falando de um mercado de commodity, marcado por margens apertadas e poucas opções de fornecimento.

No caso do varejo (RS), considerando a referência de formulado 10-20-10, o preço seguiu relativamente estável quando comparado a média dos anos anteriores. Assim como discutido no Report de Custo e Margem, o repasse dos custos para o varejo acontece de forma lenta, tanto na alta como na queda. Isso reforça que a queda no preço das matérias-primas no mercado internacional igualmente demora (se) para serem refletidas para o consumidor final.

Os dados parciais de 2025 mostram uma maior “proximidade” entre os valores internacionais (referência), valor médio (FOB) de importação pelo Brasil e o valor do formulado (10-20-10), sugerindo um certo “atraso” no repasse para o varejo. O contexto de preço das commodities agrícolas, em queda (especialmente soja) impedem uma alta maior para o produtor, o que é um fator a ser considerado. Contudo, os dados mostram que a expectativa do mercado de fertilizantes é de alta, especialmente a partir da recuperação nos preços dos grãos.

Agora vamos falar do Índice de Fertilizantes PMB e porque estamos sugerindo essa metodologia...

O estudo acima considera apenas a ureia, uma das matérias-primas (apesar de ser a principal) entre um grupo de nutriente que inclui mais 2 deles (fosfatados e potássicos). Avaliar os dados por grupo de nutriente pode ser confuso e dificultar uma análise mais objetiva para tomada de decisão principalmente considerando um modelo mais aplicado e direcionado para o tabaco, ou seja, ponderando os grupos de nutrientes conforme um padrão de formulado referência do tabaco. Assim, ao invés de avaliar nitrogenados, fosfatados e potássicos, discutiríamos o índice já ponderado pela importância de cada nutriente nesse formulado base.

A ideia é trazer simplicidade e objetividade, avaliando o mercado e direcionando os valores para a referência do tabaco. Iremos avaliar o comportamento de preço dos grupos de nutrientes, mas o objetivo final é avaliar o impacto das altas/baixas como um todo e compará-las com outros mercados e regiões. E aí entra um ponto importante: o objetivo é termos um Índice de Fertilizantes PMB Global (bases de referência) e compará-los com mercados (países) de interesse de Procurement para avaliarmos distorções, oportunidades e tendências específicas.

E um dos pontos principais, esses índices serão desenvolvidos considerando uma base atual (mês corrente) e futuro (conforme dados do mercado futuro para os próximos 12 meses).

Índice de Fertilizantes PMB Global (atual e futuro – 12 meses): ponderação da variação das matérias-primas nitrogenadas, fosfatadas e potássicas (definir ponderação, como 40%, 20%, 40% ?) e compará-lo com os respectivos Índices regionais (países) conforme dados locais de importação/varejo (mesma metodologia do Índice de Fertilizantes PMB Global).

AVamos falar mais a respeito?